quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

DEZ MOTIVOS PARA NÃO CORRER

TENHO UM GRANDE PRAZER EM PARTICIPAR DA VIDA DAS PESSOAS. CUIDAR DA SAÚDE DE UMA PESSOA É UM PRIVILÉGIO DA MINHA PROFISSÃO, TODOS OS DIAS TENHO A SENSAÇÃO DE TER FEITO A DIFERENÇA PARA PELO MENOS UMA PESSOA, NESSES ANOS DE PROFISSÃO TENHO RECEBIDO MUITOS PRESENTES QUE NEM MESMO QUEM DÁ SABE.
QUERO DIVIDIR COM VOCÊS UM GRANDE PRESENTE QUE LI HOJE DE UM ALUNO MUITO QUERIDO E QUE TRANSFORMA SUA VIDA E DE TODOS AO REDOR.
REFLITA SOBRE ESSE TEXTO.

Dez motivos para não correr
Li com atenção artigo do meu treinador publicado em jornal local listando bons motivos para correr. Certamente um melhor que o outro, numa coleção de algumas dezenas. Talvez por ser jovem ou pelo vício profissional de tentar manter os novatos motivados durante a duríssima fase em que o corpo e a mente ainda não entenderam bem como lidar com a situação, a lista escolhida é no sentido positivo. Reúne apenas os motivos para iniciar a longa jornada.
Para aqueles que a iniciaram faz tempo e nela ficaram, que devem ser poucos, sugiro outra lista. Os motivos pelos quais não se deve correr. Por ser mais velho e com isto já ter corrido mais, muitas vezes pelos motivos errados, seguem dez razões pelas quais não correr!
Não corra para ser visto. Corra para ver o sol nascer ou se por, para ver os pássaros, diminua e feche os olhos para escutá-los. Corra para ver as pessoas caminhando, sentadas, ou correndo e cumprimente os desconhecidos. Corra em lugares bonitos para conhecê-los melhor e ajude a preservá-los. Não corra esteiras por ser mais fácil. Corra para ver, sentir a chuva e o sol, sentir os cheiros do mato, fugir do cachorro e assustar o gato. Mas nunca para ser visto.
Não corra para ficar magro. Seu peso é apenas um resultado visível de vários componentes. Da relação com os alimentos e bebidas, da rotina diária de trabalho e descanso, da atividade física, idade, dos eventos recentes e passados da vida, das emoções e seus reflexos no corpo, das crenças, descrenças e convicções, das doenças e lesões que já teve ou têm no momento. Seu peso vem deste conjunto. O peso ideal é o resultado do equilíbrio entre todos estes aspectos. Atingir este peso apenas na balança pela força da corrida e mantendo todo o resto na maior desordem certamente fará mais mal do que bem.
Não corra com dor. A dor é um aviso de que algo está errado. Correr com dor não indica que você é forte, nem atesta sua masculinidade, independente de seu gênero. "Corri metade daquela maratona com o tornozelo estourado!" "To com o ligamento do joelho quase rompido, mas vou correr assim mesmo!" não demonstra nada sobre você além de que é muito burro. O aconselhamento médico é absolutamente necessário no esporte, e deve ser seguido. Você não faz um teste de VO2max na esteira do cardiologista para colocar no seu perfil do site em que registra suas corridas. Você faz este teste para que seu treinador junto com o médico definam treinos e objetivos que você possa suportar. Caso o médio ou o treinador digam que você deve parar ou diminuir, pare ou reduza.
Não corra para ficar cada vez mais rápido. O pace de sua corrida não precisa ficar cada vez melhor caso seu sustento não venha disto. Correr além do limite, ou cada vez mais rápido pode levar a muitas lesões, e necessita de cada vez mais treinos. Há um limite para isto. O pace deve fazer sentido para você e não para seu treinador, não é a melhor forma de se comparar aos outros, ou como algo a ser melhorado para seu próximo PR. Pace não é medalha para expor no peito. Os objetivos devem fazer sentido para você. Analise com ressalvas quando ouvir “Se você quiser consegue baixar 30 segundos, basta você ....”. Sempre considere a possibilidade deste objetivo não ser o seu, talvez do seu treinador ou amigo, mas não necessariamente o seu. A sabedoria está em saber diminuir seu pace ao longo das décadas, até porque se você pretende correr por décadas a fio, esta é a única forma.
Não corra para desfilar o tênis novo, o gps, as roupas de compressão ou seja lá mais o que leva com você. Estas coisas apenas ajudam seus treinos e provas, não são seu motivo. Ter um tênis que pesa 10 gramas a menos, igual àquele da olimpíada ou um gps de 27 funções não faz de você um corredor melhor. Talvez, apenas melhor equipado. Experimente correr com um tênis velho, sem gps, sem nada. Apenas você e a pista e verá que não faz tanta diferença.
Não corra para subir o treino no site. O quanto, em qual pace e onde você correu interessa principalmente a você. Isto não serve de propaganda aberta da sua virilidade, persistência ou competência, a menos que você mesmo duvide delas e sinta necessidade de reafirmá-las.
Não corra para passar ninguém. Caso você ultrapasse ou chegue na frente de outro corredor isto quer dizer apenas e unicamente que naquele momento e nas circunstâncias que o cercam você está mais rápido do que aquele que está mais lento. Não que dizer que você é melhor. Não quer dizer que treina mais, que é mais resistente, forte, ou que tem a mente mais focada. O único significado real é que você está mais rápido.
Não corra para aliviar ou compensar. Não corra para ficar calmo ou para esquecer que exagerou nas bebidas e comidas. Não corra para ter um motivo para sair de casa. Não passe mais tempo nas pistas do que com as pessoas que querem você bem, seus filhos, amados ou companheiros. Não confunda corrida com fuga.
Você não precisa correr. Não corra porque está marcado na sua planilha. Acorde antes do sol nascer num domingo frio e chuvoso, levante da cama, e coloque o tênis porque quer correr, e não porque está no email que recebeu do treinador.
Depois de ter vivido e corrido muito, os motivos normalmente listados para correr não são mais o que me leva às pistas, e já me livrei de muitos daqueles pelos quais não se deve correr. Hoje quase sempre corro porque gosto de correr. Correr, pedalar, nadar, treinar qualquer coisa se tornou tão natural e essencial como respirar, comer e sentir.
O leitor atento contou apenas nove motivos. O décimo motivo para não correr fica por sua conta. Caso você já corra certamente não terá dificuldade em adicionar mais uns tantos. Caso ainda não corra, procure uma das inúmeras listas dos motivos para correr, e foque sua atenção neles. Caso tenha sucesso, logo irá perceber motivos para não correr.
Obrigado por me acompanhar com sua leitura.
Contato com este texto: <gerd@usp.br>
gs@070213

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

PILATES PARA CRIANÇAS




Na tentativa de solucionar os incômodos apresentados pelas crianças, os pais têm procurado o pilates, método de condicionamento físico criado na Alemanha na década de 20 que tem ganhado espaço entre os pequenos.
A presidente da Associação Brasileira de Pilates (ABP) aponta que o método é indicado para crianças por conter uma grande diversidade de aparelhos e exercícios. Como Joseph Pilates, criador do método, obteve inspiração na posição e nos movimentos dos animais, alguns exercícios podem ser utilizados para chamar a atenção das crianças. A presidente destaca ainda que o pilates não deve ser encarado com muito rigor nessa idade.
O pilates é sugerido para crianças com o objetivo de prevenir problemas futuros que são comumente encontrados entre jovens e adultos, como os de coluna. As atividades acontecem no solo e se utilizam de bolas, bastões e faixas, onde as crianças interagem umas com as outras.
De acordo com a presidente da ABP, o método é lúdico, relaxante e trabalha a musculatura corporal, o que propicia a reeducação corporal.